Três gins argentinos elaborados por vinícolas

gins argentinos

Após os lançamentos que marcaram os primeiros passos do agito dos gins argentinos, como as marcas Apóstoles (do premiado bartender Tato Giovannoni), Buenos Aires Gin (da Destilería Moretti) ou Sur Gin (o primeiro da Argentina em ser galardoado pela International Wine & Spirit Competition em 2018), novos jogadores de todo o país apresentaram sua versão de gim nacional e acompanham um boom que não para.

Assim, somam-se fabricantes como Heráclito -que tem como mestre de fórmulas o perfumista Julián Varea- e Hilbing, que elabora um de seus gins com uvas passa Malbec da primeira zona de Mendoza.

Também se destacam produtos de distintas regiões que buscam representar com fidelidade seus terroirs: é o caso do gim de Entre Ríos, Heredero, elaborado com tangerinas; ou o Del Marqués, de Jujuy, feito com a erva silvestre muña muña, como dois exemplos de um amplo leque que prolifera em todo o país.

Ao mesmo tempo, as vinícolas e suas equipes de enologia se destacam na produção de gins argentinos, autóctones, que oferecem -cada um- sua marca pessoal. Aqui, três escolhidos para não perder de vista.

gins argentinos

Gins argentinos para descobrir

Terrier: clássico e moderno

Além de elaborar vinhos de excelência em suas vinícolas Mosquita Muerta, Los Toneles, Fuego Blanco Wines e Abrasado, a família Millán, de Mendoza, decidiu incursionar no terreno dos destilados com Casa Tapaus. Ali produz Terrier, linha de cinco gins que abrange tanto versões tradicionais como interpretações mais audaciosas.

Entre os primeiros, encontra-se o gim Old Tom, com um estilo popular na Inglaterra do século XVIII e mais doce que o London Dry. A versão de Tapaus inclui bagas de zimbro europeu, cardamomo e coentro.

O catálogo contempla também o London Dry, respeitando o zimbro –sem o qual não existe o gim, claro- mas buscando variações interessantes: Citric (com cascas frescas de limão, laranja e tangerina), Spicy (com pimenta da Jamaica, pimenta rosa e preta, canela e noz moscada) e Wild (com bagas de goji berry, hibisco, sândalo vermelho e cascas frescas de toranja rosa).

gins argentinos

Finalmente, o Terrier Pink também leva goji berry e toranja rosa, com pimenta rosa e uma infusão de flores de hibisco que lhe outorga cor rosa pálido. 

Argentina Wild Gin: de norte a sul

Ademais de ser um dos sócios proprietários da vinícola Manos Negras, Jorge Crotta é uma das mentes por trás do Argentina Wild Gin, junto ao enólogo Federico Colombo. O produto parte de álcool de cereal triplamente destilado no qual os botânicos são macerados durante uma semana.

Buscando unir aromas e sabores de diferentes latitudes do país, Argentina Wild Gin combina as flores de camomila silvestre de Mendoza, com zimbro patagônico e cítricos do Norte. Mas o ingrediente chave é a água pura de degelo, extraída de uma vertente situada nos Andes mendocinos a mais de 2000 metros de altitude e naturalmente filtrada pelas rochas vulcânicas da montanha.

Argentine gins

Até agora, a fórmula vem sendo certamente bem-sucedida: em junho de 2021 o Argentina Wild Gin ganhou a medalha de prata e 92 pontos na IWSC (International Wine and Spirit Competition) da Inglaterra.

Kunuk 5973: um assunto de família

Na mesma edição da IWSC que premiou a Argentina Wild Gin, outro produto mendocino levou a medalha de bronze: o gim Kunuk 5973 da destilaria Espíritu Zorro, comandada por Juan Roby (enólogo da vinícola Lagarde) e seus irmãos Tomás, Federico e Andrés.

Um ano antes, já havia obtido a medalha de prata e o prêmio à melhor destilaria em outro prestigioso certame, a New York International Spirits Competition.

O nome da espirituosa une à palavra que designava uma bebida huarpe elaborada com milho (o mesmo cereal que serve como matéria prima deste gim) e o número da casa familiar em que se localiza a destilaria e o alambique de cobre tradicional.

gins argentinos

Produzido em pequenas partidas, Kunuk 5973 começou a ser produzido em 2019 e leva -entre outros botânicos- coentro, folhas e grãos de aguaribay, maçãs, azeitonas e uvas passa. O zimbro da receita é um blend de glóbulos silvestres do Valle de Uco e dos bosques do Lago Puelo, em Chubut.

Se você é fã do gim e vai viajar pela Argentina, há muitos gins argentinos e artesanais esperando em cada região turística do país para lhe dar as boas-vindas.

Onde desfrutar da melhor coquetelaria portenha? https://blog.winesofargentina.com/pt-pt/breaking-pt/coquetelaria-de-buenos-aires/

Comments

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *