Hello, wine lovers! Feliz Ano Novo! Finalmente já estamos do outro lado da linha do calendário. Afff, quantas coisas depositamos nessa fronteira temporal, né? Eu atravessei emocionada, agradecendo ter chegado na meta, com as pessoas que mais amo ao meu redor e com uma nova paixão que faz a minha cabeça e encanta a minha alma e o meu paladar.
No fim das contas, acredito que a liberdade se torna mais tangível à medida que vamos descobrindo as coisas que amamos. Somos mais felizes quando encontramos o que nos ilumina e nos define. Agradeço ao ano de 2021 por descobrir o vinho, e trago essa love story para 2022. Porque esse namoro está apenas começando.
Vamos falar do final de 2021. Agora eu vou contar para vocês quais foram os dois vinhos argentinos que fizeram mais sucesso entre as minhas amigas e amigos durante o ano passado: Lagarde Organic Malbec e Finca la Celia Pioneer Cabernet Franc. Eu adoro receber feedbacks positivos das minhas recomendações!
Como vocês podem imaginar, dezembro foi um mês hercúleo também em matéria de brindes, e a cada reunião que participei eu levei uma garrafa debaixo do braço. Ah, como esse hábito do vinho simplificou a minha vida! Já não gasto tempo e energia pensando o que levar em cada evento ou para cada pessoa. Eu só me concentro em encontrar o vinho perfeito para causar uma boa impressão, conquistá-las e mostrar um pouco do meu mundo.
Esta temporada de festas foi um estágio acelerado para aplicar tudo o que eu tenho estudado. E tem mais: percebi que eu acabei virando a mini guru do meu grupo. Agora sou a voz experiente que eles consultam sobre temas práticos e dúvidas quotidianas típicas de quem está dando os primeiros passos neste universo. E isso me deixa muito orgulhosa de mim!
Uma das perguntas que mais ouvi durante a holiday season foi como guardar os vinhos. É comum exagerar no estoque de garrafas com medo de ficar “com sede”, então sempre acabam sobrando vinhos abertos e fechados.
É sabido que cada vinho segue um plano de evolução que tem a ver com a magia desta bebida e por nada no mundo queremos desmanchá-lo, quebrá-lo ou interrompê-lo. Então, como guardar os vinhos? O que fazemos com esse resto que ficou na garrafa? E as garrafas que permanecem fechadas, como devem ser guardadas? Agora vou lhes contar.
Como guardar os vinhos: garrafas abertas
Vocês sabem que um dos meus rituais favoritos herdados do lockdown é o de abrir uma garrafa para tomar sozinha. Adoro escolher um vinho gostoso para um prato de massa ou me servir uma taça para ver um filme, escutar música ou tomar um banho de banheira. O problema é que sobra sempre uma parte na garrafa.
Isso também acontece quando você tem vontade de fazer uma mini degustação doméstica, ou se você está com companhia: talvez a última garrafa de uma reunião tenha ficado pela metade. Bem, neste caso, feche a garrafa com a sua rolha e guarde-a na geladeira. Assim mesmo, bem simples. Não importa se é um vinho branco ou tinto, a temperatura fria conserva qualquer vinho e ajuda a durar mais tempo após aberto. É uma regra universal. Porém, este vinho pode ficar guardado por alguns dias, não muito mais que isso.
Garrafas fechadas, o ABC
Eu tenho estoque de vinhos do meu experimento com o chocolate e o meu pai me deu de presente de sua própria coleção um Achával Ferrer Finca Altamira Malbec — um super top de Mendoza — para me batizar no mundo dos vinhos de amadurecimento, mas esse assunto eu vou deixar para outro post.
Em algum momento eu percebi estar acumulando (na verdade, colecionando) garrafas de vinho. Compro as que me chamam a atenção para “estudar” e comparar (tudo por vocês, wine lovers), compro para surpreender as minhas amigas quando elas vêm jantar em minha casa, para dar de presente, para acompanhar o fondue de queijo que em algum momento vamos fazer com o time de pesquisadores da universidade.
É claro que as garrafas começaram a ocupar espaços no meu mini apartamento, que nem de longe se parece com aquelas adegas perfeitamente organizadas e temperatura controlada das lojas de vinho. Então eu comecei a ficar preocupada de que algum fator pudesse arruinar meu tesouro, então eu consultei o meu guru da vinoteca, que me deu algumas dicas sobre como guardar os vinhos e cuidá-los, mesmo sem ter uma adega em casa.
É preciso encontrar lugares frescos e escuros que não estejam expostos a mudanças de luz e temperatura, já que o mais importante é que ambos parâmetros sejam constantes. Nunca deixe suas garrafas na cozinha, perto do fogão ou das janelas, porque a luz e o calor podem acelerar a evolução ou quebrar o equilíbrio do vinho. E lembre-se que o calor ascende, então deixo um ALERTA: as estantes altas também não são um bom destino!
A temperatura ideal é entre 14 °C e 16 °C, e com umidade não menor a 70%. Dependendo de onde você viva, isso pode ser um fator presenteado pela natureza e o clima, e em outros casos terá que ser recriá-lo em alguns cantos da casa. As partes mais baixas dos móveis e os sótãos são espaços ideais para improvisar uma adega.
Deitadas? De pé?
As garrafas sempre devem estar deitadas para que a rolha esteja sempre úmida graças ao contato com o líquido e se expanda. Isto garante que não se seque e, dessa maneira, evita que possa haver vazamento de líquido ou que o ar entre, o que seria a pior das catástrofes. Em casos de vinhos jovens feitos para consumo breve, você pode guardá-los de forma vertical, mas a escuridão e a temperatura devem ser preservadas.
Por sorte meus vinhos não entraram em conflito territorial com Cookie, a verdadeira xerife da casa, que vai mudando o lugar de suas sonecas acompanhando os raios do sol.
Agora é a sua vez! Me conte que espaços do seu lar podem se transformar em adega. Estarei atenta aos comentários. E até a próxima rolha!