National Wine Day: uma data para celebrar o prazer do vinho

National Wine Day

Olá, wine lover! Como vai? Eu estou um pouco mais feliz do que de costume. Você deve estar se perguntando por quê? Bem, por dois motivos: primeiro, porque na Argentina estamos em pleno outono e eu adoro curtir a variedade de tons castanhos nas árvores e caminhar pelas ruas repletas de folhas secas. Segundo, porque ontem conversei com alguns amigos meus dos Estados Unidos e eles me lembraram de um fato que eu quero compartilhar com vocês.  

Como em todos os anos, no próximo dia 25 de maio se celebra o National Wine Day, um evento onde nós, os estadunidenses, festejamos nossos vinhos. Antes de voltar à estrada para continuar aprendendo sobre vinícolas e rótulos argentinos, com um pé aqui e outro lá eu vou contar um pouco mais sobre esta data tão especial.

National Wine Day: a história do vinho nos Estados Unidos

National Wine Day

Como país vitivinícola do Novo Mundo, os Estados Unidos têm uma história que se assemelha muito à da Argentina. As primeiras videiras foram plantadas por missionários espanhóis na Califórnia, no começo dos anos 1800, e logo começaram a prosperar distintos empreendimentos familiares.

No entanto, apenas em 1839 se constituiu em Ohio a que é considerada a primeira vinícola norte-americana. Desde então, a atividade foi crescendo até o país virar um dos principais produtores do mundo. 

Mas a revolução no setor só chegou na década de 1970, quando os vinhos dos Estados Unidos alcançaram níveis de excelência comparáveis aos europeus. Esse fato significou um salto tanto de qualidade como de quantidade, e abriu passagem para o boom que atravessamos hoje em dia. 

Veja este dado: atualmente existem mais de 4 mil vinícolas só na Califórnia, o estado que produz a maior quantidade de vinho nos Estados Unidos e a maior região vitivinícola da América. A segunda é Mendoza.

4.000 milhões de garrafas

National Wine Day

Apesar de que não tem um ano pontual, se identifica 2009 como o primeiro em que se celebrou o National Wine Day. Esta data foi pensada como uma oportunidade para conhecer mais sobre os vinhos, descobrir suas virtudes e incentivar o consumo responsável. 

Atualmente, os estadunidenses compram cerca de 33 milhões de hectolitros de vinho por ano. Para dimensionar essa cifra, eu explico o que ela significa: mais de 4 mil milhões de garrafas! Sim, estamos no topo do consumo mundial.

Como eu comentei antes, a Califórnia é a grande estrela e concentra 90% da produção, apesar de que outros 45 estados também sejam produtores de vinho. 

Ah! E as cepas em que as principais regiões se especializam são Chardonnay e Cabernet Sauvignon.

Meus planos para este National Wine Day

National Wine Day

Aproveitando que estarei em Mendoza e que por aqui no dia 25 de maio se comemora a Revolução de Maio, que foi o pontapé para a Independência da Argentina, eu propus às minhas amigas e amigos festejar em dobro com bons vinhos locais. Em paralelo, para os meus contatos nos Estados Unidos, eu fiz uma lista de vinhos argentinos que eles deveriam descobrir. E o que eu sugeri? Se bem o Malbec eles já sabem que é a especialidade argentina, eu lhes contei que também há incríveis Cabernet Sauvignon e Chardonnay por estas latitudes que super valem a pena experimentar.

Então eu prometi a eles fazer um tasting virtual para contar que na Argentina o Cabernet Sauvignon é a terceira cepa tinta mais cultivada, com 14.129,2 hectares e que se trata de um dos poucos lugares do mundo onde é cultivado em condições continentais, ou seja, longe dos mares. Por outro lado, eles vão se surpreender quando descobrirem que na Argentina os Cabs se cultivam em altitude desde Mendoza, onde suas parreiras se localizam entre 600 e 1.400 metros acima do nível do mar, até Jujuy, onde há algumas destas plantas a 2.600 metros de altitude.

Por isso, o Cabernet Sauvignon argentino é tão diferente do da Califórnia, com mais intensidade, de cor vermelho rubi e com uma paleta aromática em que os frutos negros são protagonistas, junto com tons herbais e balsâmicos próprios dos terroir de montanha, enquanto no paladar são opulentos, mas ao mesmo tempo vibrantes e saborosos. 

Quanto aos brancos, eu sugeri que eles procurem pelos Chardonnay de Mendoza, em especial os do Valle de Uco e alguns da Patagônia. Com esta cepa acontece o mesmo que com o Cabernet Sauvignon: na Argentina ela é cultivada sem a influência oceânica e a frescura que garante bons resultados é obtida por conta da altura das montanhas.

Por isso mesmo, os Chardonnay do Valle de Uco são de cor amarelo brilhante, além de expressivos e perfumados, com um bom fluxo de frutos brancos, flores, cítricos e tons melados. Na boca são vibrantes ー quase elétricos, como eu costumo dizer ー graças à frescura que a altitude imprime. Sem dúvida, um perfil bem diferente do que estamos acostumados a beber nos Estados Unidos.

Como você pode ver, não importa onde esteja ou com quem, eu estou disposta a celebrar mais uma vez o National Wine Day com bons vinhos argentinos na companhia dos meus amigos. E você, quais são seus planos para este dia tão especial? 

Até a próxima aventura!

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