As malas de quem visita a Argentina sempre têm espaço para transportar vinhos das distintas regiões vitivinícolas do país. Quem resiste à tentação de levar um ou vários rótulos de Malbec, além de outros vinhos maravilhosos? Ninguém.
No entanto, sempre sobra um espacinho na bagagem para incluir outros souvenirs da Argentina que farão lembrar dos passeios, dos sabores, das paisagens e das aventuras vividas no país hermano. Para ter à mão uma relação de artigos bacanas para comprar, elaboramos uma lista diversa e saborosa.
Isso porque tem turistas que são do tipo gulosos, mas também têm os fãs de artesanato que querem levar algo que represente a cultura local. Aqui vai, então, ponto por ponto, algumas opções para todos os gostos, muitas das quais podem ser adquiridas nas feiras turísticas das cidades argentinas mais importantes e também em seus aeroportos.
Souvenirs da Argentina para foodies
1. O mate, o centro da reunião
O que são esses recipientes de distintas formas que têm uma espécie de canudo (que, na verdade, se chama bomba) onde se coloca água quente e um pó esverdeado? Trata-se do autêntico mate (no Brasil conhecido como chimarrão), uma infusão de folhas de erva-mate, uma planta que se cultiva na província de Missiones, onde estão as Cataratas do Iguaçu do lado argentino, e que todo o país adotou especialmente como um costume que vai muito além do consumo puro e simples da bebida.
O mate para os argentinos é um símbolo de encontro, de companhia, de confiança. A tradição é tomá-lo em grupo, compartilhando o mesmo recipiente que vai passando de mão em mão. Porém, em tempos de pandemia, hoje em dia cada um toma do seu próprio mate, evitando compartilhá-lo. Mas o ritual em si continua vigente.
Todas as feiras de artesanato das grandes cidades têm suas versões do kit de mate: tem os que são feitos de casca de abóbora e bomba de alpaca e os mais modernos, que podem ser feitos de madeira, vidro, silicone e apresentar diversos estilos. Mas atenção: se você comprar um kit de mate e quiser preparar o seu, como os argentinos, é importante não deixar a água ferver, senão pode queimar a erva e comprometer o sabor da infusão.
2. Mil e um alfajores
Esta invenção ancestral da culinária árabe chegou na Argentina através dos espanhóis e foi ganhando vida própria nas distintas províncias do país. Hoje, cada região tem a sua receita de alfajor típico (assim como a empanada e suas técnicas de preparar o churrasco) e é talvez o quitute nacional por excelência.
Se destacam os alfajores de amido de milho em Buenos Aires, as “colaciones” cordobesas, os alfajores santafezinos, os de mel de cana de Tucumán, os famosos alfajores de chocolate de Mar del Plata e muitos outros. Uma caixa para dar de presente é sempre bem-vinda, por isso o alfajor é o número dois entre os souvenirs de origem argentina.
3. Doce de leite
Sabe-se que o doce de leite não é argentino de nascimento. Existe desde os primórdios, é um alimento que já era consumido pelas antigas civilizações que conseguiram criar os primeiros animais e obter leite de ordenha. No entanto, é sem dúvida um sabor associado à cultura gastronômica argentina e, com o passar dos anos, cada vez existem mais produtores que se dedicam a elaborar exemplares de altíssima qualidade.
Se você puder dar um passeio pelos arredores de Buenos Aires, será possível encontrar doce de leite caseiro (não apenas de vaca, mas também de cabra e de ovelha, tão deliciosos quanto).
Também existem negócios especializados onde é possível comprar doce de leite proveniente de todo o país. Definitivamente, um item que não pode faltar na mala de quem chegou de viagem da Argentina.
4. Pinguins, sifões e outras bebidas
Um elemento associado ao vinho argentino é a clássica jarra em forma de pinguim usada antigamente nos bares e restaurantes portenhos mais populares para servir o vinho. Outro objeto apreciado são os sifões de vidro colorido que também eram um acessório indispensável nas mesas desses negócios, ao lado das taças de vinho, para que os comensais pudessem encher seus copos com água tônica bem fria para “limpar o paladar”.
Eles podem ser encontrados em feiras de antiguidades e em lojas de presente. Sim, se você der azar eles podem quebrar na viagem, por isso é preciso embalá-los com muito cuidado, mas o risco compensa! As coloridas garrafas de sifão de água tônica são lindas demais, assim como as simpáticas jarras em forma de pinguim!
Se por acaso a sua viagem incluir uma passada pela cidade de Córdoba, com certeza vale levar também uma garrafa de Fernet, a bebida mais consumida da província. Se você viajar a Mendoza ou tiver visitado algum restaurante do tipo “bodegão” portenho, além de vinho, também poderá comprar Vermut e recriar a tradição dos imigrantes italianos que desembarcaram no país no começo do século XX.
5. Livros de culinária argentina
Toda cultura tem as suas receitas mais emblemáticas, e a argentina também, é claro. Há uma infinidade de títulos do gênero para recomendar, mas sem dúvidas qualquer livro sobre churrasco e fogueiras do reconhecido chef Francis Mallmann, ou o livro “Produto Argentino”, da cozinheira Dolli Irigoyen, ou o livro de cozinha da Dona Petrona, alma mater da culinária argentina, entre muitos outros, podem ser excelentes presentes para os que gostem de cozinhar — ou apenas saborear — os melhores pratos.
Presentes não-perecíveis
6. Estilo gaúcho
A tradição gauchesca sem dúvida é um selo da identidade argentina. Não é preciso ser dono de fazendas ou viver no meio da planície pampeana. Boinas, ponchos, boleadoras, bombachas de campo e facas de prata não podem faltar no traje do típico homem de campo argentino, que é bem parecido ao vestuário próprio dos gaúchos do sul do Brasil.
Se você quiser levar algum desses acessórios de presente, é preciso só ter cuidado com as facas, pois podem ser confiscadas pela alfândega caso não sejam declaradas. Também apenas podem ser transportadas nas malas a serem despachadas, jamais na bagagem de mão.
Em todas as cidades argentinas é possível encontrar lojas especializadas em artigos de campo que vendem esses objetos tão típicos da cultura do país.
7. Cartazes com letras “fileteadas”, uma arte pitoresca
O fileteado portenho é uma arte decorativa e popular que nasceu em Buenos Aires no princípio do século XX. Inicialmente, surgiu como linhas muito finas que eram pintadas nos painéis dos carros para decorá-los. Com o passar do tempo, as técnicas foram se aperfeiçoando. As cores utilizadas sempre foram muito vivas e a pintura que se utilizava era o esmalte sintético, que resiste ao tempo e à intempérie. Logo passaram a adornar cartazes de lojas e teatros.
Quando os ônibus começaram a se multiplicar pela city portenha, os desenhos e as letras fileteadas passaram a ocupar a cabine e os painéis dos coletivos, popularizando o estilo. Hoje, os artesões vendem cartazes com nomes e frases com ditados tradicionais argentinos nas feiras de artesanato, consagrando ainda mais a escritura fileteada.
8. Ourivesaria
Vários artistas se destacam nesse metier, mas sem dúvida o principal expoente da ourivesaria argentina é Juan Carlos Pallarols, o ourives responsável pela criação dos bastões de poder presidenciais, entre outras peças de grande valor estético.
9. Tango
Em Buenos Aires, após dançar ao compasso do 2×4 ou assistir um típico show do ritmo, os entusiastas do tango sem dúvida vão querer levar os sapatos característicos ou um chapéu tipico dos dançarinos para estar paramentados da próxima vez que o acordeão comece a tocar. Aí estão dois presentes perfeitos para os fãs de Carlos Gardel.
10. Camisetas de futebol
Boca, River, Maradona, Messi e tantas outras camisetas de time podem agradar os amantes do futebol e são encontradas facilmente em todas as lojas de souvenirs e também em lojas de artigos esportivos.
É claro que esta lista de souvenirs da Argentina é incompleta e faltam elementos como objetos de couro, chocolates de Bariloche, salames de Tandil (embalados a vácuo para viagens), queijos das diversas fábricas de lácteos e muito mais vinhos! Definitivamente você vai precisar fazer várias viagens para comprar seus itens argentinos favoritos e levar para casa tantas lembranças do país para guardar e presentear.