Bodega Catena Zapata: a marca de vinhos mais admirada da América

Bodega Catena Zapata

O reconhecimento para a Bodega Catena Zapata como “A Marca de Vinhos Mais Admirada da América do Sul” foi anunciado pela revista Drinks International, que organiza a The World’s Most Admired Wine Brands. Esta distinção avalia as vinícolas e seus vinhos, destacando aquelas que se sobressaem por sua qualidade e prestígio a nível global. Nesta edição, a empresa da família Catena obteve o sub-campeonato, enquanto a Penfolds, da Austrália, completou o pódio ficando no terceiro lugar, mantendo seu título como a marca de vinho mais admirada na Austrália e na Ásia.

A diretora de Enologia da Bodega Catena Zapata, Laura Catena, compartilhou o seu entusiasmo sobre este reconhecimento, destacando a consistência do trabalho realizado pela vinícola ao longo de sua história: “Há anos estamos obtendo um ótimo reconhecimento neste ranking tão respeitado. Acredito que isso demonstra uma consistência no trabalho que vem sendo feito na Bodega Catena Zapata, seja em vitivinicultura, em comunicação e em todos os demais aspectos que precisam ter excelência para que um projeto seja admirado”, expressou.

O top 10 da The World’s Most Admired Wine Brands ficou estabelecido da seguinte maneira:

1. Familia Torres (Espanha).

2. Catena Zapata (Argentina)

3. Penfolds (Austrália).

4. Antinori (Itália)

5. Chateau D’yquem (França)

6. Vega Sicilia (Espanha)

7. Domaine de la Romanée-Conti (França).

8. Chateau Margaux (França)

9. CVNE (Espanha)

10. Gaja (Itália)

Entrevista exclusiva com Laura Catena da Bodega Catena Zapata

Bodega Catena Zapata

No seu ponto de vista, quais são os atributos da Bodega Catena Zapata que são admirados no mundo?

Este é um voto de profissionais da indústria, que acompanharam o nosso crescimento desde o princípio, lá no começo dos anos 90, quando o meu pai foi o primeiro a vender vinhos argentinos de primeira qualidade no mundo. Nessa época não existia vinho premium sul-americano, não tinha nem vinho de primeira qualidade chileno. As pessoas nos viram trabalhar muito, primeiro para estabelecer a categoria argentina, depois para estabelecer os vinhos grand cru da Argentina, o Catena Institute, as pesquisas, o trabalho de campo, as viagens sem parar.

O meu pai, eu, minha irmã e todas as pessoas que trabalham para a Catena, falamos o tempo todo da Argentina, cumprindo o objetivo do meu pai de demonstrar que os nossos vinhos podem estar entre os melhores do mundo. Os que votam, que são pessoas da indústria do vinho do mundo todo, nos viram crescer, trabalhar duro e vencer. Hoje a Bodega Catena Zapata tem mais vinhos de 100 pontos que qualquer outra vinícola da América do Sul, acabamos de ganhar o World ́s Best Vineyard e já ganhamos muitos outros prêmios.

Acho que eles nos votam porque consideram que trabalhamos bem e admiram como trabalhamos, e que sejamos bem-sucedidos. E no final das contas, os nossos vinhos se vendem. Eu sempre digo que tenho a esperança de que, antes de morrer, todas as adegas de colecionadores do mundo tenham uma seção de vinhos argentinos, e acho que com o White bones e o White stones, e os vinhos Adriana, com Nicolás, com o Malbec argentino, estamos conseguindo conquistar isso. Por essa razão nos votam como número 1, número 2 e número 3. 

Vocês estão há vários anos no top 5 desse ranking. Qual é a chave para se manter entre os melhores e quais são os desafios para estar no top-of-mind de consumidores e experts da indústria?

Eu acho que o mercado está complicado, caiu um pouco o consumo de vinho. Em parte, porque as pessoas estão mais moderadas depois da pandemia, e eu como médica estou de acordo com isso. Acho que a chave para se manter é a qualidade. Quando eu perguntei ao meu pai o que é marketing, o meu pai me falou: Laurita, o mais importante é ganhar com qualidade. Se você pode produzir um produto que tem o dobro da qualidade dos seus competidores, pelo mesmo preço, vai vencer.

Bodega Catena Zapata

Por isso, um vinho que vamos vender por 20 dólares, escolhemos degustá-lo às cegas com vinhos de 40 dólares. Se o nosso é da mesma qualidade, pronto, o preço está certo. E acho que esta é a ideia, sempre trazer algo melhor para o consumidor; nós trabalhamos em qualidade sem parar, tentamos ter os melhores vinhedos, orgânicos. Cuidamos dos vinhedos num nível extremo, fazemos pesquisas para preservar o ecossistema, para que as plantas estejam felizes, não tenham doenças, e preservamos as parreiras velhas.

Esse é o grande trabalho que Luis Reginato e toda a equipe fazem, que no resultado final deriva em qualidade. O primeiro desafio então é manter a qualidade, e nunca produzir mais do que podemos produzir com altíssima qualidade. E então é preciso continuar trabalhando, viajando e cuidando dos vinhedos para que continuem produzindo neste nível de qualidade.

Sem dúvida, este reconhecimento é de grande valor para o vinho argentino em geral. De que forma um reconhecimento desta importância contribui para o país?

Você deve se perguntar… por quê não tem uma vinícola francesa no top 3? Tem a Chateau D’yquem, que está no número 5. Nós, da Bodega Catena Zapata, estamos exportando há muito tempo. Desde que meu pai começou temos sido pioneiros em muitos mercados, temos distribuição em mais de 65 países e isso é uma espécie de bandeira argentina. Temos o futebol, o tango, a carne – apesar de que sobre a carne nem todos sabem-, e hoje temos o vinho de primeira linha que representa o país.

Sendo um país sobre o qual muitas vezes não se escutam tantas boas notícias, temos o vinho e eu acredito que o nosso grande vinho argentino certifica que sabemos fazer algo muito bem na Argentina. E isso é ótimo para a imagem do país, para os argentinos e para nós.

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