A milanesa, um ícone da cultura gastronômica argentina

milanesa argentina

Simples, com limão, à moda napolitana, recheadas e muito mais. Fritas ou assadas. Cada família escolhe seu corte de carne e ingredientes preferidos para empanar. No entanto, a milanesa sempre marca presença na mesa do país hermano (inclusive nas versões vegetarianas ou com variados tipos de carnes).

As e os argentinos se apropriaram do “conceito milanesa” e fizeram dele um bem gastronômico, cultural e simbólico da argentinidade: representa a união da carne e do trigo, duas grandes riquezas alimentícias históricas do país.

A milanesa argentina tradicional está presente nas geladeiras de todas as casas; é a mistura perfeita para uma refeição rápida porque, principalmente, poucas outras opções podem ganhar dela em sabor e praticidade. 

É que a equação filé de carne + farinha + ovo + alho + salsinha + sal é imbatível. Assim como todas as suas variações: no prato com limão e batatas fritas ou com purê de batata, em forma de sanduíche; a cavalo (com ovo frito por cima); à moda napolitana (com molho de tomate, presunto e queijo) e várias outras versões, todas elas deliciosas. 

A milanesa tem mil e uma utilidades e vai bem com tudo.

Não se sabe exatamente qual é a origem deste prato: comenta-se ser uma invenção proveniente de Milão ou de Viena (suas antecessoras poderiam ser a Cotoletta alla Milanese ou a Wiener Schnitzel). 

Ícone nacional (presente nos menus de todos os bodegões e restaurantes do país), a milanesa é uma categoria à parte nos cortes de carne oferecidos nos açougues da Argentina.

“Inclusive muita gente entra no açougue e pede diretamente um quilo de carne para milanesas, sem importar que corte exatamente estão comprando”, conta Christian Petersen, renomado chef de cozinha argentino especialista em carnes.

milanesa argentina

Milanesa argentina: a receita número um

Distintos cortes podem ser usados para fazer milanesa argentina, mas 4 deles costumam ser os mais escolhidos: “bola de lomo”, “nalga”, “quadrada” ou “peceto”, todos do quarto traseiro do animal.
A técnica é simples: os filés são limpos para retirar gordura ou nervos; são temperados com sal e pimenta, em seguida empanados com ovo e farinha de rosca e na sequência se cozinham.

O ideal é pedir ao açougueiro para não cortar os bifes muito finos, para que o sabor da carne possa ser mais apreciado. Outra dica importante para dar mais sabor a uma boa milanesa argentina é temperar bem os ovos: adicionar alho ralado ou picado, salsinha, sal, pimenta e uma colher de chá de mostarda, batendo em seguida até obter uma mistura homogênea.

Sobre essa primeira mão de empanado, a carne pode ser passada novamente em ovo batido, escorrida e receber uma nova camada de farinha de rosca. Há famílias que repetem esta operação por uma questão de gosto e de costume. Quem somos nós para julgar, não é mesmo? 

É bom respeitar algumas dicas: uma milanesa argentina perfeita é aquela em que o empanado não se desgruda da carne. Para isso é preciso pressionar bem com a mão para que a farinha fique bem aderida, cobrindo toda a superfície da carne.

Claro que existem também outras opções de ingredientes para fazer o empanado: panko, aveia, mix de sementes, tudo junto, tudo separado.

E na hora de cozinhar? É melhor fritar ou colocar para assar? O manual argentino defende que fritar seria a opção mais gostosa. Saudável, não, mas mais saborosa. Se você for fritar, é melhor deixar as milanesas um pouco antes na geladeira, pois o frio ajuda a não absorverem tanto o óleo.

Recomenda-se usar óleo de milho ou de girassol, sempre cuidando para estar na temperatura certa, ou seja, nem frio, nem queimado. Frite as milanesas aos poucos, pois se colocar muita quantidade junta na frigideira, a temperatura do óleo cai e pode comprometer a crocância.

Se você vai prepará-las no forno, então a dica é aquecer bem a forma antes de colocar as milanesas e untá-la. Assim elas não vão grudar.

milanesa argentina

Com que vinho acompanhar as milanesas?

Milanesa “clássica”. Se for bem frita e ficar seca e crocante, nada melhor do que um rosê vermelho leve e frutado ou um Chardonnay clássico e fresco.

Milanesa Napolitana. Dizem tratar-se de um invento argentino, criação do restaurante Napoli, que fica em frente ao famoso estádio Luna Park, nos anos 40. Já dissemos ser coberta com molho de tomate, além de conter presunto cozido e mussarela ou outro queijo derretido. O melhor é saboreá-la com um delicioso Semillon-Chardonnay ou com um tinto tenso e jovem, como um Bonarda.

Sanduíche de milanesa. Depende muito dos acompanhamentos, embora os clássicos sejam alface e tomate. O Malbec é um excelente aliado para este saboroso sanduíche.

milanesa argentina

Receita de la milanesa argentina perfeita

Ingredientes

  • 1 kg de carne (nalga, peceto, cuadrada ou bola de lomo)
  • 4 ovos
  • 2 dentes de alho
  • Salsa picada
  • Sal e pimenta a gosto
  • 1 colher (sopa) de mostarda
  • Farinha de rosca para empanar

Modo de fazer:

  1. Pique o alho e a salsinha, misture com a mostarda.
  2. Bata os ovos e tempere-os com a mistura anterior, além de sal e pimenta.
  3. Deixe a carne marinar na mistura de ovos por alguns minutos. Escorra a milanesa uma a uma e passe em seguida pela farinha de rosca.
  4. Frite em uma frigideira com bastante óleo. Deixe dourar e em seguida coloque em papel absorvente antes de servir.

Quer mais receitas com carne argentina? https://blog.winesofargentina.com/es/destacadas/tres-deliciosas-recetas-con-malbec/

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