Combinamos 7 filmes clássicos com os vinhos que sintonizam cada identidade cinematográfica

Um filme e uma taça de vinho: a receita para uma noite perfeita

Algumas noites precisam de pouco para serem curtidas intensamente: uma coberta quentinha, uma taça de vinho e um ótimo filme na tela. O segredo para essa combinação ser ainda mais perfeita é harmonizar a energia do vinho com a vibe da história. 

Casablanca (1942) + Chardonnay elegante

Dirigida por Michael Curtiz.
Protagonistas: Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Enredo: Durante a Segunda Guerra Mundial, Rick (Bogart) trabalha num café no Marrocos. Ilsa (Bergman), seu antigo amor, reaparece por lá junto ao marido. O amor e o dever se enfrentam.
O vinho: Um Chardonnay com passagem por barrica. É elegante, com notas de baunilha, manteiga e frutas maduras. Tem essa melancolia amável que envolve a boca, a exemplo do Luigi Bosca Filos, do Otronia e do María Carmen, da Bodegas Bianchi.
Por quê harmonizam?
Porque carregam uma refinada nostalgia. A complexidade do vinho acompanha a profundidade de uma história em que o amor e o sacrifício se misturam.

Dirigida por Michael Curtiz.

O Poderoso Chefão (1972) + Malbec clássico

Dirigida por Francis Ford Coppola
Protagonistas: Marlon Brando e Al Pacino.
Enredo: A saga da família Corleone retrata o poder, a lealdade e a transformação de Michael, um jovem que termina se tornando o novo Don. Uma obra-prima sobre a obscuridade da alma e os códigos de honra.
O vinho: Um Malbec Reserva mendocino, com passagem por carvalho. É profundo, robusto, com taninos firmes e notas de ameixa, couro e especiarias, como é o caso do Lagarde Guarda D.O.C., do Norton Lote Agrelo e do Humberto Canale Gran Reserva da Patagônia.
Por que harmonizam?
Porque impõem respeito. Este Malbec não é de enrolar ou de dar voltas, assim como o Don Vito. A força e a tradição potencializam esta história inesquecível. 

Dirigida por Francis Ford Coppola.

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001) + Rosé vibrante de Pinot Noir

Dirigida por Jean-Pierre Jeunet
Protagonistas: Audrey Tautou e Mathieu Kassovitz.
Enredo: Amélie é uma jovem parisiense com um olhar mágico sobre o cotidiano. Sua vida dá um giro quando ela decide ajudar os demais em segredo.

O vinho: Um rosado tenso, fresco, frutal, com notas de framboesa e pétalas de rosa. Sutil, mas com personalidade, como o Saurus Pinot Noir Rosé de Neuquén, o Antonieta Rosé da Família Falasco e o La Vigilia Rosado.
Por que harmonizam?
Porque são delicados como uma carícia. Ligeiros e alegres, são ideais para acompanhar a poesia visual de Amélie, com seus tons pastéis e seus gestos singelos que são capazes de transformar o mundo. 

Dirigida por Jean-Pierre Jeunet.

Psicose (1960) + Syrah exótico

Dirigida por: Alfred Hitchcock
Protagonistas: Anthony Perkins e Janet Leigh.
Enredo: Uma jovem foge com dinheiro roubado e se refugia em um motel gerenciado pelo tímido Norman Bates. Obra-prima de suspense psicológico.
O vinho: Um Syrah intenso, com notas de amora, pimenta negra e couro. Obscuro, saborizado e com um final persistente como o Achala Clos de Molle Ingrato Syrah de Córdoba, o Memoria de Elefante Syrah del San Juan e o Nina Gran Syrah de La Rioja.
Por que harmonizam?
Porque flertam com o inesperado. O Syrah tem uma camada de mistério que se abre lentamente. Para beber com luz tênue e nervos de aço.

Anthony Perkins.

Cinema Paradiso (1988) + Cabernet Sauvignon

Dirigida por Giuseppe Tornatore
Protagonistas: Philippe Noiret e Salvatore Cascio.
Enredo: Um garoto se apaixona pelo cinema incentivado pelo projecionista Alfredo. Décadas depois, relembra o vínculo que marcou sua vida.
O vinho: Um Cabernet, elegante, com taninos firmes, notas de cereja, grafite e especiarias. Profundo e emocionante, como cada taça do Sophenia Synthesis del Valle de Uco, do Malma Reserva da Família Cabernet Sauvignon da Patagônia e do Piattelli Reserve Cabernet Sauvignon de Cafayate, Salta.
Por que harmonizam?
Porque celebram a passagem do tempo com melancolia e beleza. Estes vinhos são uma viagem ao passado, aos afetos e ao vínculo que perdura no tempo. 

Dirigida por Giuseppe Tornatore.

Cantando na Chuva (1952) + Espumante Brut Nature

Dirigida por Gene Kelly e Stanley Donen
Protagonistas: Gene Kelly e Debbie Reynolds.
Enredo: Nos anos 20, Hollywood enfrenta a transição do cinema mudo para o sonoro. Coreografias memoráveis e um enredo envolvente caracterizam este eterno clássico.
O vinho: Um espumante Brut Nature, seco, fino e refrescante como cada borbulha do Alta Vista Atemporal Brut Nature, do Rosell Boher Encarnación Brut Nature e do Chamas Honnorat Brut Nature de La Rioja.
Por que harmonizam?
Porque são pura celebração. As borbulhas combinam com o ritmo de uma história que faz sorrir e sapatear. São vinhos que dançam na boca.

Gene Kelly.

Pulp Fiction (1994) + Cabernet Franc tenso

Dirigida por: Quentin Tarantino
Protagonistas: John Travolta e Uma Thurman.
Enredo: Vários relatos criminais se entrelaçam com humor ácido, violência estilizada e diálogos inesquecíveis. 

O vinho: Um Cabernet Franc, com notas herbais, especiarias, pimentão vermelho e uma acidez equilibrada. Descarado e sofisticado, como o Desierto 25 Cabernet Franc de La Pampa, o Callejón del Crimen Reserva Cabernet Franc e o Fuego Blanco Flintstone Cabernet Franc de Pedernal, San Juan.
Por que harmonizam?
Porque são afiados. o Cabernet Franc, com sua personalidade provocativa, combina com a narrativa disruptiva de Tarantino. Nem doce, nem convencional. 

John Travolta e Uma Thurman.

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